Conheça a literatura de Jilberto Oliveira, um escritor malhadorense

O professor Jilberto é presidente da Academia de Letras, Ciências e Artes de Malhador (Alcam),  membro da Academia Municipalista de Sergipe (MAS), membro correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni – MG e em processo de admissão na Academia de Letras de Siriri.

JILBERTO RODRIGUES DE OLIVEIRA é formado em Letras (Português) pela Universidade Federal de Sergipe UFS e pós-graduado em Linguística do Texto pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atuou em Regência de Classe por 26 anos e exerceu o cargo de coordenador pedagógico do ensino médio até a aposentadoria a qual se deu em 2014. Ultimamente, dedica-se à atividade de escritor como romancista, cronista e contista.

É autor de três obras: Trilhas do Cipoal – romance – (2021); Esquina do Arco-íris – (2022), Vitrine das Máscaras (2023) – romance –e Vereda das Flores & Outras Crônica. Participou na coautoria de várias antologias dentro e fora de Sergipe. Ocupa a Cadeira 91 da Academia Municipalista de Sergipe, é Membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni (MG), é colunista do Portal Malhador em Foco, é dono e administrador dos seguintes blogs: www.alecrimcult.blogspot.com (página que divulga fotos comentadas do Alecrim) e www.contosgil.blogstpo.com (página que divulga contos sobre o bairro da Ponte Grande de Guarulhos, Estado de São Paulo).

 

Sobre suas obras:

Vitrine das Máscaras, publicado em 2023 pela Editora ArtNer.


É um romance que foi escrito durante o isolamento social, fato que ocorreu entre os anos de 2020 e 2021, numa iniciativa adotada pelas autoridades sanitárias a fim de se evitar o contágio pelo novo coronavírus entre as pessoas. O novo coronavírus é o patógeno responsável pela transmissão de uma infecção respiratória aguda, denominada Covid-19, a qual matou milhares de pessoas não só no Brasil como também em outros países mundo afora.

O ambiente em que vivem os personagens deste romance, apesar de ser fictício, em nada difere deste mundo real no qual vivemos atualmente. Nele, atuam atores oriundos de boas famílias, como a de Seu Zé Barata; religiosas ao extremo, no caso da beata Dona Eva Piedosa; péssimos caracteres, a exemplo de Dolores e seus comparsas; espertalhões, assim como o vaqueiro Biriba; honestos, como o representado por Padre Mel, e vítimas tipo bode expiatório, como o maestro Fênix.

 

Esquina do Arco-íris, publicado em 2022 pela Editora ArtNer.

É um é um romance urbano, ambientado em São Paulo na década de 1970. Foi esse local que Maneco Lozedon, um migrante nordestino, escolheu para continuar vivendo os anos dourados de sua vida, em um recorte demarcado no tempo, aos 22 anos de idade, época em que tudo é novo e na qual se cultivam os grandes sonhos os quais serão levados por toda uma existência.

Apesar de ser retirante nordestino e, com essa idade, o jovem não era um novato em São Paulo, tendo em vista que chegara à cidade quando tinha 15 anos, em plena adolescência. De modo que, ao ocorrerem os fatos narrados no enredo desta obra, ele já detinha uma larga experiência de vida na Paulicéia Desvairada. Experiência adquirida na prática do dia a dia, no corpo a corpo, por meio de muito sofrimento e resiliência.

Este livro vem em bora hora, pois se trata de um grande exemplo de vida no qual se anula o mito de que todo nordestino em São Paulo está fadado ao insucesso e, consequentemente, ao fracasso. A bem da verdade, Maneco possuía todos os pré-requisitos para ser mais um migrante condenado a uma vida deplorável, vítima da exploração, do subemprego, vivendo na informalidade ou mais um jovem que, embora atraído pelas oportunidades da metrópole, poderia se perder nos vários caminhos tortuosos que ela oferece.

 

Trilhas do Cipoal, publicado em 2021 pela Editora ArtNer.

Trilhas lembram veredas, que lembram Guimarães Rosa, que lembra regionalismo universal. Cipoal, por sua vez, remete a uma abundância de cipós, mas pode remeter a uma dificuldade da qual é difícil sair. Há, obviamente, clara relação com o nome da propriedade Sítio de Cipó, na qual o protagonista viveu parte de sua vida. Assim, tanto trilhas quanto cipoal trazem impressa a marca do plural, algo que a multiplicidade de aventuras e de histórias tão bem reflete nesta obra que, acima de tudo, nasce da perceptível necessidade de contar – não necessariamente de fazer literatura (mais despretensiosamente ainda, não se almeja a ser grande Literatura, embora o consiga), mas de registrar a miscelânea de casos e causos sucedidos e astuciados, seja pelo protagonista, por outras personagens integrantes das linhas tangíveis do enredo ou, ainda, por vários outrens acerca de quem se soube, se viu ou se inventou.

 

JOSELITO MIRANDA DE SOUZA

Diretor e produtor gráfico da Editora ArtNer.

Membro do Movimento Cultural Antônio Garcia Filho, da Academia Sergipana de Letras (MAC/ASL).

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